22 de setembro de 2010

Perguntou-me a Né o que é o amor, e porque raio as pessoas têm têndencia a fugir umas das outras e a separarem-se assim tão depressa que nem se percebe.
Não lhe respondi, porque não consigo satisfazer a curiosidade de uma criança de sete anos, e pior que isso, não lhe sei responder a estas pequenas duvidas.
Porque não sei na verdade o que é amar, porque o amor já me trouxe desilusões que cheguem, e porque se colocar numa balança aquilo que de bom e de mau me traz uma relação sou capaz de me surpreender com os resultados.
Não entendo as fugas, o ficar sem falar, a falta de conversas e explicações, assim como a falta de confiança, o medo e a vontade de fugir, o isolamento, a verdade nua e crua, e tambem um conjunto de coisinhas que me deixam perto de um ataque de nervos.
Se já fui feliz e amei de verdade? Sim, julgo mesmo que sim. Acreditei sempre que sim, que lutei pelo homem que mais amei até hoje, que dei de mim aquilo que nunca daria a pessoas relativamente tão proximas quanto ele, e talvez seja esse o meu maior erro. Amei demais, lutei demais, confiei demais, dei-me como certa, como um dado adquirido e garantido e claro, nenhum homem admira uma mulher que esta sempre lá, que nunca mostra resistencia...
Faltou-me a coragem e a determinação para virar costas, mas é nestas pequenas coisas que percebemos afinal o quanto gostamos e o que faz dele o homem da nossa vida ou nao.
E eu, lamento imenso por saber, que muito possivelmente já não vou a tempo de mudar a historia da minha vida.
Agoraa resta-me viver, lutar e seguir em frente. Pensar em mim e delinear novas metas, traçar novos objectivos, continuar calada e sossegada no meu canto, desfazer o caos que vai na minha cabeça, porque por muito que a dor permaneça dentro de mim tenho que ser forte, e ultrapassar tudo. Resta-me fugir de jogos psicologicos, e parar de viver na roda viva. Sim, porque quem confiou a primeira vez confia sempre, e quem conhece a alma daquele que já amou, continuará ligada a ele para sempre, mesmo que seja de formas que já não queremos.
Se ainda existe amor em mim, creio que sim, hoje sei que sim, ainda existe. Agora se durará, já não posso afirmar... talvez o peso de tanta mágoa possa ultrapassar o sentimento mais nobre que há.
A ver, vamos!

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