Estes dias fiquei feliz por saber que existe alguem que não me conhece, mas que lê ansiosamente as minhas palavras, esperando que elas sirvam para transmitir alguma lição ou algum saber.
É com essa intuição que escrevo, que guardo palavras, proverbios, frases, alcunhas, nomes engraçados e expressões. Porque sei que chegara o dia em que empregarei isso na minha vida, em que oferecerei essas palavrinhas a alguem, e espero que caiam que nem uma luva na altura.
Nos ultimos dias, e depois da derradeira volta que a minha vida deu, evito escrever, não me prendo a palavras nem a pensamentos e emoções, porque me considero louca se o fizer.
Preciso de descansar um cerebro que busca inecessavelmente algo que não está bem, que já deu aquilo que tinha a dar, que me mantem insastisfeita sempre.
Escrevo e adoro escrever, adoro coleccionar palavras, e claro fazer delas aquilo que quero, adoro dar-lhes valor, contextos e formas mas esqueço-me de valorizar os gestos. Estes sim, dizem mais que palavras, mostram mais que frases e mais que muitos proverbios dos tempos da gente antiga.
Por isso estou zangada, estou triste e cansada. De ver que as palavras que deslizam pelas pontas dos meus dedos, serão apenas as minhas. Aquelas que a minha alma aceita e tornou suas, e nunca serão respeitadas por muitos, que senão eu e aqueles que entendem o pouco daquilo que vivi.
Para aqueles que aguardam ansiosamente um post meu, a esses que adoram imaginar a minha face, o meu estado de espirito, e que adoram tornar estas palavras como suas, um bem haja!
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