22 de setembro de 2014

Consciência tranquila...ou talvez não assim tanta!

Preciso de me escrever. Pelo bem da minha sanidade mental.
Preciso de organizar as ideias, sim, que este fim de semana foi impossível.
Perdi, só para não variar muito, mais um fecho de um dos meus espaços de eleição. E perdi, e esta parte sim só mesmo para não variar, porque trabalhei. Porque dei preferência ao meu trabalho, e em ser a "mãe" perfeita, da filha dos outros. Estou mesmo no meu limite.
Por preferir manter o meu trabalho, e dar carinho a quem não tem (pelo menos de quem é chegado), já perdi duas relações, algumas noites com os melhores amigos de sempre, já fui trabalhar doente, já adormeci a chorar, já engoli o choro, e até já perdi a noção de quantas vezes me senti infeliz.
Também já me senti muito feliz, também já me senti a mais sortuda do mundo, em ter aqueles braçinhos à minha volta, mas preciso de muito mais. Creio que para desenvolver um bom trabalho é preciso sentir realização pessoal e gosto pelo que se faz, e há dias em que perco um ou outro,
Continuando, encontrei o meu ex (o mais recente), num dos meus locais de trabalho. Incomoda-me que me olhe, que me encare e que passe a vida a procurar estar perto de mim. Sufoca-me este chamar de atenção. Incomoda-me que não supere. Mas dá-me pena. Faz-me pensar que posso não me ter esforçado o suficiente. posso não ter tentado ser a namorada que devia ser. Mas por outro lado, sei que me forçava a estar com ele, sei que não suporto sequer o timbre da voz dele, que confundi as coisas, e que ele quebrou a minha confiança, e que desde esse instante deixei de o conseguir olhar nos olhos. Apanhei-lhe algumas mentiras, e vi que em apenas uma semana, mudou radicalmente a vida dele. E isto faz-me uma confusão tremenda. Não pelas mudanças em si, mas pela forma como mudou, pelos meios que penso ter usado.
Vi também o meu outro ex, e aí as coisas começam seriamente a complicar. Sinto um misto de saudade com raiva. Não sei o que é pior.
Como senão bastasse, vi o único homem, que consegue mexer com todas as minhas hormonas. Ouvir aquele "Você está deslumbrante!" consegue deixar-me a tremer. Sinto-me a personagem das Sombras de grey. Sinto-me uma miúda com quinze anos a apaixonar-se pela primeira vez. Se bem que neste caso não é paixão. É desejo, Só e apenas.
Há dias, assim como hoje, em que me sinto num episódio das séries juvenis. Em que as desilusões amorosas nos obrigam a fazer um balanço daquilo que somos, de por onde andamos, e se a direcção que estamos a seguir é a melhor. E no meu caso, talvez não seja.
Já amei tanto ao ponto de sufocar com esse sentimento, já sofri tanto ao ponto de chorar noites seguidas com um PORQUÊ gigante a ecoar na minha cabeça, já me desiludi com tantos amigos que jurei não confiar em mais ninguém, já fui dura com pessoas que gostavam muito de mim e mereciam que fosse genuína com eles, já trabalhei naquilo que amo e me senti sortuda, e já fiz aquilo que gosto só por fazer; só porque sim, Já fui tão feliz sem estar á espera assim como já fui miseravelmente infeliz sem estar a contar...
Dilemas! Dilemas que me deixam á beira do colapso!

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