6 de dezembro de 2010

Horas perdidas

Meu amor, escrevo estas palavras para me acalmar, para reorganizar as ideias e claro para chegar mais perto de mim. Sim, não quero com estas palavras chegar a ti, senão agiria de forma diferente. Quero chegar a mim, porque a tua sombra continua a esconder uma parte imensa de mim. E quando não sei mais para onde me virar, escrevo, e deixo que a calma tome conta de mim.
Não te quero falar de coisas banais mas tambem não tenho a certeza se quero falar de nós, pois já é um assunto maçudo e sobretudo, porque aind doi falar de ti! Ainda doi como antes, ou mais ainda. A distancia continua a separar-nos, assim como a vida e como as escolhas que fizemos. Mas não vamos falar disto, meu bem! Não quero pensar nesses parametros que ainda hoje me tiram o sono, por vezes.
Hoje esqueci o sabor do teu beijo, e dei por mim, triste e melancolica. Como fui eu esquecer o gosto desse teu beijo, o sabor dessa boca que venerei vezes sem fim?! A loucura só pode ter tomado conta de mim ou então o tempo, esse factor tão importante na condição humana, fez das suas e aprontou mais uma travessura.
Em compensação, sim meu amor, porque sabes que nunca vejo as coisas só pelo lado negativo, consegui relembrar cada momento intimo contigo e confesso que tive a maior saudade de sempre. Não, não é pelo sexo. Sabes bem que nisso sempre fomos perfeitos, que nesse aspecto os nosso corpos eram exactamente aquilo que sempre desejamos e que se completavam de forma magica. Sim de forma magica. Porque é exactamente assim que eu descrevo o nosso relacionamento.
Ja reparaste ou ainda te recordas de como encaixavas perfeitamente dentro de mim? Lembraste meu amor?! Por favor, não te esqueças nunca disso, creio que seria a minha maior magoa.
Recordas a ultima vez que foste meu? Que penetraste o meu corpo?Lembraste de como as tuas mãos tinham o tamanho certo para agarrar os meus seios? E de quando olhavamos apenas um para o outro e não tardavamos em despir-nos, porque seria impossivel não te ver e não sentir uma vontade incontrolavel de ser tua. Tal e qual como manda a Natureza. Que saudades meu amor, que saudades tenho eu disso.
De me agarrares com força, de me pores a mão na anca com força e me puxares com força para ti, de me encostares á parede e de eu me borrifar para os barulhos que eu pudesse fazer no auge do prazer!Sinto saudade meu amor. Muita mesma. Mas mais do que saudades desta parte intima, que nos fez voltar para os braços um do outro mais que uma vez, porque mesmo estando separados, correste sempre para os meus braços, para que eu fosse tua. Não sei se foi egoismo, se foi amor, se foi carencia ou tesão, mas a verdade é que estes pequenos nadas me foram o tudo, e me fizeram ficar na tua. Mais uma vez, e outra!
Mas como eu te dizia, principe, tenho saudades disso, mas tenho mais saudades de ser a tua menina. De ser a tua mulher. De te ver sorrir, de acordar a teu lado, e de receber aquelas tuas mensagens comuns, do quotidiano que todos os namorados trocam. Saudade. Nada mais que isso.
Aprendi que agora tenho que me soltar desses detalhes e caminhar em frente, por isso não me despeço de ti, não te escrevo mais cartas de amor, como sempre o fizemos de forma cumplice, porque sei que nunca me vou despedir de ti. Eu serei sempre tua. Mesmo que outro homem possa ver o meu corpo nu, mesmo que um outro homem me possa abraçar com os braços firmes e seguros, nada se equivale ao teu braço. Moras-te em mim quatro anos, e isso nunca se esquece. Eu fui tua, e tu foste meu, portanto seremos sempre especiais, até quando o negar-mos por doer demais. Sim, porque o fazemos!
Es eterno em mim! Como sempre o foste!

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