Senão te faz feliz, então não é amor!"
Ela disse-me estas palavras depois de ter partilhado a minha primeira história de amor e lhe confidenciar como foi penoso, como foi doloroso e como me tornou numa pessoa fria e talvez, indisposta a voltar a amar.
Ouvi as suas palavras, e fiquei com essa frase a pairar-me na cabeça durante imenso tempo, Entendia as palavras mas não entendia verdadeiramente o que ela queria dizer com isso.
A verdade é que a outra pessoa nos molda, nos muda, nos acrescenta, nos enriquece, e todas essas coisas nobres, mas também nos pode subtrair, pode fazer-nos sentir diminuídos, pode magoar e causar mágoas que ficarão sempre cravadas no nosso coração.
Acreditei imenso tempo que era impossível amar sem que a dor estivesse de mãos dadas, até que um dia percebi finalmente, que se dói, se pisa, se causa dúvida, se te faz sentir presa dentro de ti, não é amor, talvez quiçá, apego, mas nada mais que isso.
O amor é leve, é entrega, e é sobretudo paz. E senão sentes paz, senão sorris por tudo e por nada, senão te sentes uma felizarda, senão te sentes livre mesmo quando estás de mãos entrelaçadas, então estás a fazer as coisas mal.
Ou então, quem vê as coisas de forma errada sou eu!
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