I

Quando senti a sua mão tocar-me no rosto, os meus pés tremeram. As minhas pernas perderam a força, e nesse estante percebi que o queria dentro de mim. A sua mão deslizava, suavemente pela minha face. Os nós dos dedos acariciavam-me passivamente e desciam em direcção aos meus lábios. Os olhos dele, colados aos meus. O meu corpo inquieto, sedento de qualquer gesto dele. Ele, calmo, passivo e seguro dos seus movimentos, agarra-me na anca e encosta-me á parede. Desliza a sua mão até a minha perna, e com força agarra-me a coxa. Ondulo o meu corpo e suspiro ofegante no seu ouvido. A sua boca percorre o meu pescoço. Pequenos beijos cobrem-me o ombro. Os lábios ternos e quentes, descem-me pelo braço, enquanto me desliza a alça da camisola com a mão já dominante de todo o meu corpo. Estou inquieta. A minha respiração descontrola-se e mordo os lábios. "-Não mordas os lábios. Sabes o quanto isso me desconcentra. " Pede-me ele. Obedeço e agarro-o na nuca, com firmeza e deposito nos seus lábios um beijo.